Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro está apresentando, até o dia 27 de março, a exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México. Confesso que quando soube dessa exposição, achei que iria logo na primeira semana, mas acabei só conseguindo ir agora no final, hunf! Mas o que importa é que eu fui, e se você não tiver ido ainda, tem até o próximo domingo para mergulhar e se inspirar na arte mexicana!

FOTO: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

FOTO: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

SOBRE A EXPOSIÇÃO

A mostra, que reúne 30 obras de Frida, – 20 óleos sobre tela e 10 obras em papel, entre desenhos, colagens e litografias – também conta com cerca de 100 obras de outras 14 artistas, mulheres nascidas ou radicadas no México: María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona de Mandiargues, Cordélia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein

Essa exposição é um marco para a política de marketing cultural da CAIXA. “Nos últimos quatro anos, o banco investiu mais de R$ 298 milhões em cultura, sendo que, apenas em 2015, o investimento foi de R$ 85 milhões. Trazer Frida Kahlo para nossas unidades está alinhado ao objetivo de entrar na rota de grandes exposições do país e poder proporcionar ao público brasileiro o contato com artistas renomados internacionalmente”, destaca a presidente da CAIXA, Miriam Belchior.

Com curadoria da pesquisadora Teresa Arcq, a exposição apresenta um amplo panorama do pensamento plástico de Frida, e revela a intricada rede e o potente imaginário que se formaram, tendo como eixo sua figura. A curadora destaca que os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma provocativa ruptura, que separa o âmbito do público do estritamente privado.

"Em alguns de seus autorretratos, Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas", afirma Arcq.

Se você, como eu, curte arte, especialmente traçada por mulheres, que muitas vezes são casadas com artistas famosos, mas conseguem por si só expressar suas próprias visões e questionamentos, não deixe de ir nessa, que é uma das poucas exposições com essa pegada. É incrível observar o poder das mulheres, ainda no início do século XX, é incrível!

"A multiplicidade cultural, mitos, rituais e uma diversidade de sistemas e crenças espirituais influenciaram na transformação de suas criações. A estratégia surrealista da máscara e da fantasia, que no México forma parte dos rituais cotidianos, em torno da vida, a morte no âmbito do sagrado, funcionava também como um recurso para abordar o tema da identidade e de gênero", complementa a curadora.

SOBRE FRIDA KAHLO

Durante toda sua vida, Frida Kahlo (nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, no México, onde morreu em 13 de julho de 1954) pintou apenas 143 telas. Frida pode ser considerada uma mulher a frente se seu tempo e cheia de vida, mesmo com todas as dificuldades que precisou enfrentar. De doenças a traições, se tornou, ao longo dos anos, e até depois de sua morte, um ícone das artes e do universo feminino.

A inspiração de Frida para suas pinturas e fotografias, vieram de suas angústias e dificuldades em lidar com sua própria condição. Quando criança, Frida contraiu poliomielite, que deixou uma lesão no seu pé esquerdo, e ganhou o apelido de "Frida perna de pau". Mais tarde, em 1925, a artista sofreu um acidente em que teve múltiplas fraturas e precisou fazer 35 cirurgias. Foi nesse período, em que ficou presa à sua cama e com problemas na coluna, que começou a pintar e retratar suas angústias e frustrações em suas criações.

INDUMENTÁRIA

Frida Khalo, além de reconhecida como importante pintora surrealista, está presente no imaginário coletivo por sua forma típica de se vestir: a indumentária reflete o seu interesse particular pela tecelagem indígena mexicana que integra elementos tradicionais de diferentes regiões do país. Em seu guarda-roupa destacam-se peças de vestuário nahua, otomie, totonaca, yalalteca (jecalteca), mixteca e zapoteca. Sem dúvida, Frida Kahlo teve especial predileção pelo traje de tehuana usado pelas mulheres do Istmo de Tehuantepec, e é provável que esse gosto tenha surgido em função da origem oaxaquenha de sua mãe, que foi retratada quando jovem usando esse vestido tradicional, marcante por sua beleza e exotismo. A diversidade de peças de vestuário, joias de ourivesaria e pré-hispânicas, a maquiagem e os penteados trançados com fitas coloridas compõem uma estética própria com a qual ela se destacou numa época em que era costume vestir-se de acordo com as tradições europeias.

O guarda-roupa de Frida Kahlo foi uma forma de expressão utilizada pela artista para criar a sua própria identidade e destacar o precioso lavor têxtil indígena, que por si só constitui um importante legado das sociedades indígenas do país e uma amostra da tradição milenar da tecelagem. Os vestidos apresentados nesta exposição foram cuidadosamente selecionados, inspirados nos códigos do trajar de Frida, que costumava combinar peças e adornos de diferentes regiões do México.

Há muitas curiosidades sobre Frida e sua história, mas acho que isso pode virar um outro post, o que acham? ;)

SOBRE A MOSTRA DE FILMES

Como parte da exposição, a Galeria 1, no térreo, a Caixa Cultural, exibe uma programação gratuita, que se repete todos os dias nos mesmos horários, de filmes sobre as artistas Alice Rahon, Rara Avis, Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo e Frida Kahlo.  

Tive a sorte de assistir uma parte do filme de Leonora Carrington e me identificar com sua trajetória, pois mesmo naquela época, sendo questionada pela sociedade europeia, ela sabia o que queria e lutou por isso. Sua mãe, sempre muito próxima, tinha grande preocupação com ela, e lhe disse uma frase que me marcou: "Existe uma grande diferença entre ser uma pessoa artística e ser de fato um artista". No final das contas, ela estudou na University of the Arts de Londres e se tornou uma grande artista. FIquei ainda mais apaixonada depois de observar seus quadros de perto!

*Não é necessário resgatar senhas para assistir aos filmes, mas as sessões estão sujeitas à lotação.

A exposição foi idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, e tem o patrocínio da CAIXA, com apoio da Secretaria de Relaciones Exteriores de México (SER), Embaixada do México no Brasil, Instituto Nacional de Bellas Artes (INBA), Consejo Nacional para la Cultura y las Artes (Conaculta) e Conselho de Promoção Turística do México (CPTM). 

Via Caixa Cultural e Instituto Tomie Ohtake.

Alicia Gould e suas fotografias apaixonantes de bebês recém nascidos

Preparem-se para se apaixonar por esses bebezinhos. A fotógrafa Alicia Gould, de New Jersey, criou uma série de fotos montadas de recém-nascidos. Tem bebê de todo o tipo: menino, menina, oriental, gêmeos, irmãos, e por aí vai.

Ela gasta cerca de 3 horas no processo todo, desde chegar na casa da família até ganhar a confiança do bebê e achar o ângulo certo. Confira abaixo algumas fotos!

Quem aí também ficou com vontade de ter filho só para tirar foto dele? Para conhecer mais sobre o incrível trabalho dessa fotógrafa, entre no seu site oficial. Todas as imagens foram retiradas de lá. ;)

Beijos,

mandzy.


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Mariel Clayton: ensaio de fotografias bizarras com a boneca Barbie

O interesse dela era voltado para fotografia de viagens, mas em uma das viagens a Tokyo, acabou se apaixonando por bonecas e pela ilusão do que poderia ser feito com elas. Foi aí que surgiu a ideia do ensaio com a Barbie, seu marido Ken e seus filhos em situações bizarras

Com uma câmera Canon 50D, Mariel Clayton registrou muita violência e sexualidade, o que foge totalmente do mundo perfeito da Barbie. Confira algumas imagens:

E aí, acharam engraçado ou trágico?

Todas as fotos foram tiradas do site da fotógrafa e você pode entrar nele para ver mais imagens clicando aqui.

Beijos,

mandzy.


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