Travessia Tailândia-Laos de barco: vale a pena?
/Depende. Se o seu objetivo é viver uma experiência antropologica, sim! Vale muito a pena! Se você quer apenas “se transportar” de um país para o outro sem curtir o caminho, não vale a pena. Nesse caso, sugiro que você gaste um pouco mais comprando uma passagem de avião. Procurando com antecedência, a diferença nem é tão grande...
O esquema da travessia era o seguinte: transfer + hotel + transfer + slow boat, durando um total de 2 dias e 1 noite por 1.850 baht. No caso da travessia de Chiang Mai para Luang Prabang, pegamos uma nova rota que não passava por Chiang Rai como de costume. Por isso pulamos a visita ao White temple, que era um passeio que eu queria muito fazer! :(
A van do tour agendado pela “the best travel” chegou ao nosso hostel por volta das 9h da manhã e depois passou para buscar os outros passageiros. Buscamos uma y alera de NY, Chile, Itália, Bélgica, além de nós duas. A viagem de van foi bem longa, de 9am até às 4pm, com parada para almoço no posto e xixi - isso porque eu pedi. A estrada tinha muita curva, mas não chegava a ser tããão sinuosa assim!
Saltamos da van na fronteira, aí começa aquele procedimento de carimbo de saída do país, então pegamos um tuk tuk de 20 baht que já estava ali na porta até a imigração do Laos (coisa de 2 minutinhos), onde pagamos o visto ($30 ou 1200 baht para brasileiros), preenchemos os papéis, recebemos o carimbo, cruzamos a cancela (isso tudo nos tomou 1h30) e então pegamos outra van para o hotel, já no Laos! Ufa!
O hotel era melhor do que esperávamos. Vários chalezinhos aguardavam nosso grupo, que teria que se dividir em duplas. Nos instalamos e fomos todos comer no restaurante ao lado. Fried rice + chicken + Beerlaos por 130 baht e depois ficamos conversando até as 21h. Voltamos todos juntos para o hotel e formos dormir super cedo! A galera era muito gente boa e ninguém tinha hotel para ficar em Luang Prabang.
No dia seguinte acordamos super cedo, tomamos um café rápido e pegamos estrada rumo ao porto onde pegaríamos o barco. Esqueci de mencionar que também há a opção de pegar o fast boat, mais caro!
Voltando... o dia não estava dos melhores. Choveu, a estrada alagou e aí veio a dificuldade. Tivemos que fazer uma travessia rápida de balsa de um lado do rio para o outro, da onde finalmente saíam os barcos. Acontece que a nossa van foi junto, com a nossa bagagem e ela simplesmente não conseguia subir na balsa. Nesse momento confesso que me deu um certo pânico pois estávamos num país super desconhecido, além do cansaço acumulado.
Pois bem, chegamos ao outro lado do rio, nos instalamos no barco, que tinha condições bem precárias, rezamos e seguimos em frente. Para começar a se locomover, o barco teria que fazer uma curva, mas o rio estava muito baixo, mesmo com a chuva e por isso não conseguia girar.
Resumindo, levamos quase uma hora nesse processo de rotação até conseguirmos partir em direção ao destino final. Havia um bar bastante informal dentro do barco onde vendia água, Coca Cola e alguns snacks, mas havia também um pote enorme de arroz dos próprios tripulantes, e eles, super gentis, nos ofereceram o arroz!
Eu confesso que a essa altura já estava morrendo de fome e não aguentava mais coca-cola e batata Lays, por isso aceitei feliz o arroz grudadinho, gelado e puro que nos serviram! Comemos com as mãos mesmo, e acho que foi o melhor arroz que já experimentei na vida (culpa da fome! Rs!).
Depois de algumas horas, atracamos em Luang Prabang e nossa aventura terminou. Aliás, só esse capítulo dela, porque a maioria do grupo se manteve unido durante todo o passeio pelo Laos, inclusive nas outras cidades que visitamos.
Posso dizer que essa experiência toda foi algo que eu nunca esquecerei, e que, apesar do cansaço, medo, fome e o que mais se passou pela minha cabeça durante a viagem, a sensação de ter chegado bem, ter conhecido pessoas incríveis e te história pra contar é muito gratificante!
Obrigada, Ásia! :)
Gostou do post? Esse é um pouco diferente dos outros mas achei que valeria a pena compartilhar esse relato para quem deseja fazer o mesmo trajeto! Me conta aqui nos comentários o que achou!
Beijocas,
Mandzy.